30 de dez. de 2012

Retrospectiva 2012


 

 

 


Julgamento do mensalão foi fato político mais marcante do ano.



Após 53 sessões em mais de quatro meses, o julgamento chegou ao fim com 25 dos 37 réus condenados, entre eles o empresário Marcos Valério, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Dos condenados, 11 terão de cumprir pena inicialmente em regime fechado. O acórdão do julgamento deve ser publicado em 2013 e só a partir da publicação é que começama contar novos prazos de recursos. A previsão é que a execução das sentenças tenha início entre o segundo semestre do próximo ano e o início de 2014.
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Após mensalão: Passados 20 anos, Collor hoje poderia ser condenado
Até seu último momento, o julgamento do mensalão foi marcado por intenso bate-boca e divergências entre ministros. Joaquim Barbosa, relator do processo e atual presidente do Supremo, e Ricardo Lewandowski, foram os protagonistas da maior parte das discussões em relação desde à metodologia do julgamento até a aplicação de penas aos réus condenados.
Dentre os réus que receberam as maiores penas, destacam-se Marcos Valério (condenado a 40 anos por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas), José Dirceu (condenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha) e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares (condenado a 8 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha).
Além de movimentar a opinião pública, o julgamento do mensalão elevou o status de confiabilidade do brasileiro em relação ao STF e provocou uma crise institucional entre o Congresso e o Judiciário.
Isso porque os ministros decidiram que os réus condenados que ainda exercem mandato na Câmara (Valdemar Costa Neto, João Paulo Cunha e Pedro Henry) devem ser cassados e que cabe à Câmara apenas chancelar essa medida. Em contrapartida, o Congresso se escora na Constituição para rebater o Supremo e argumentar que cabe à Casa avaliar a cassação ou manutenção de mandatos.


Ivete Sangalo dominou as notícias em 2012



Em 2012, só deu Ivete Sangalo: a baiana lançou disco novo, virou dona de bordel em “Gabriela” e ainda encerrou boatos de que teve um caso com Xuxa.
A receita de sucesso da baiana, que tem patrimônio estimado em R$ 400 milhões e já vendeu mais de 8 milhões de discos, é manter as raízes e hábitos de qualquer ser humano, como pilotar fogão e pegar ônibus na cidade onde mora.
Com esse jeitinho, ela ocupa o posto de segunda cantora mais bem paga do país, só atrás de Roberto Carlos. “Todo mundo é ser humano. Eu corro atrás. Tudo que peço para Deus é saúde. Com isso, eu sou muito capaz. Até coisas que eu não imaginava fazer, eu faço”, conta.
Mulher e mãe / Mesmo no topo, Ivete faz questão de manter a chama do casamento aceso e ser uma supermãe. No tempo que tem disponível, leva e busca o filho Marcelo na escolinha, se dedica a uma boa faxina – “Não posso ver um rodo no supermercado que eu quero comprar” – e à decoração natalina da casa. “É uma baixaria Natal lá em casa. Tem enfeite de papai-noel saindo pela janela. Meu filho ganhou um monte daqueles bonequinhos que cantam”, conta ela, que não descarta a possibilidade de se vestir como o bom velhinho.
Nem por isso, Daniel Cady, o marido da cantora, tem menos tarefas. “A criança pode ter tudo, mas o melhor presente que ela pode ganhar é um grande pai e uma grande mãe, para administrar as vontades. E isso o Papai Noel já fez pelo Marcelo”, diz a mãe coruja.


 Nervos á flor da pela

Ivete ficou nervosa ao encarar Antônio Fagundes, seu par em “Gabriela”. Ele, no entanto, a relaxou no primeiro encontro. “Era só beijo no pescoço. Chamava ele de Vampiro Bastos”, brinca.

 Família em novos ares
Por conta do papel em “Gabriela”, Ivete se mudou para o Rio com Daniel Cady e o filho Marcelo. Marido dedicado, Daniel ajudava Ivete a passar os textos: “A cena ficava ainda melhor”.


Fim aos rumores
Pela primeira vez, a baiana falou sobre os boatos de que viveria um romance com Xuxa. Em entrevista à “Playboy”, Ivete negou tudo. “Ela é minha amiga, mas não sou lésbica”.

Amigas para sempre

Ivete ainda acabou com os rumores de que teria uma rivalidade com Claudia Leitte ao dividir o palco com a loira no “The Voice Brasil”. “A gente arrasou, Ivete”, elogiou Claudinha após o show.




Michel Teló e Thiaguinho estão entre os destaques na música

















Esse ano a música sertaneja viveu seu auge por meio de artistas novos. Os chamados sertanejos universitáriosbrilharam com hitis divertidos com Ai Se Eu Te Pego ( Michel Teló ) a Camaro Amarelo ( Munhos e Mariano ). Já o pagode fez sucesso com a carreira solo de Thiaguinho, ex- Exaltasamba, que hoje brilha como a voz masculina do Brasil.


Geração de Neymar fracassa no sonho pelo ouro olímpico

Mais uma vez, ficou no quase. Não foi desta vez que o Brasil conquistou a tão perseguida medalha de ouro no futebol masculino. Nem mesmo Neymar foi capaz deste feito, que já havia sido tentado por outras estrelas, como Ronaldo e Romário. Nas Olimpíadas de Londres, novamente a seleção chegou como favorita, porém, parou nos mexicanos, que venceram a final por 2 a 1. Os dois gols foram marcados pelo atacante Peralta, novo carrasco brasileiro. Hulk descontou nos acréscimos.
Foi a terceira vez em sua história que a seleção brasileira foi derrotada em uma decisão olímpica. O vice-campeonato já havia ocorrido em Los Angeles 1984, com revés para a França, e em Seul 1988, ao perder para a União Soviética.Desta vez, porém, foi mais frustrante. Isso porque o Brasil era favorito absoluto a vencer. Contava, em sua equipe, com jovens badalados e envolvidos em transações milionárias. Contudo, faltou jogar bola. Foi um time confuso e nervoso, sem um mínimo de padrão em plena final olímpica.
Na primeira fase, contra adversários de menor tradição, a seleção comandada por Neymar sobrou: 3 a 2 contra o Egito; 3 a 1 contra a Bielorrússia e 3 a 0 contra a Nova Zelândia. Nas quartas de final, uma vitória apertada por 3 a 2 em cima da fraca seleção de Honduras. Na semifinal, o time convenceu ao bater a Coreia do Sul por 3 a 0.
A derrota abalou ainda mais a confiança tanto da CBF quanto da torcida brasileira no trabalho do técnico Mano Menezes. A decepção foi um dos fatores determinantes na demissão do treinador no final deste ano. Luiz Felipe Scolari, campeão do mundo em 2002, assumiu o posto e comandará o Brasil na Copa do Mundo em casa.


Hebe Camargo morre aos 83 anos

Hebe Camargo

Aos 83 anos, a apresentadora Hebe Camargo morreu na madrugada do dia 29 de setembro e é uma das recentes celebridades a deixarem saudades para o público brasileiro. Hebe foi enteraada em uma manhã de domingo, no Cemitério Gethsemani, em São Paulo, ao som de aplausos. Desde 2012, ela lutava contra um câncer. 

A morte de Chico Anysio 

Professor Raimundo, de Chico Anysio

O humorista Chico Anysio foi outra importante personalidade que deixou saudade em 2012. No dia 23 de março, ele sofreu uma parada respiratória e falência múltipla dos órgãos, devido ao choque séptico provocado por uma infecção pulmonar. Chico Anysio tinha 80 anos e já enfrentava problemas de saúde havia meses. Intitulado como um dos gênios do humor brasileiro, ele inspirou as novas gerações de humoristas.


Morte do arquiteto Oscar Niemeyer

O arquiteto Oscar Niemeyer (Foto: Reuters)

O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos, morreu no Rio às 21h55 da quarta-feira 05/12/12.  Ele estava internado desde 2 de novembro no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul. Reconhecido internacionalmente por suas obras, Niemeyer completaria 105 anos em 15 de dezembro.
Um boletim médico informava que o estado de saúde do arquiteto havia piorado e era considerado grave.
Ainda segundo o hospital, Niemeyer respirava com a ajuda de aparelhos e encontrava-se sedado por causa de uma infecção respiratória

Whitney Houston " A morte da maior cantora do mundo "

Whitney Houston, cantora

Um ícone da música que o mundo perdeu neste ano foi Whitney Houston. A cantora foi encontrada morta em um quarto do hotel Beverly Hilton, imersa em uma banheira, no dia 11 de fevereiro, véspera da entrega do prêmio Grammy. Autora de sucessos como “I Will Always Love You” e “I Have Nothing”, e protagonista do filme “O Guarda-Costas” (1992), 


Chega ao fim o casamento de Ronaldo Fenômeno  e Bia Antony

Relacionamento ia de mal a pior

Após uma grande crise no relacionamento veio a confirmação, o jogador Ronaldo Fenômeno e sua atual ex-mulher Bia Antony estão oficialmente separados. Ambos já estavam separados a um bom tempo, mas só hoje eles decidiram soltar um comunicado a mídia esclarecendo o fim.
“Depois de sete anos de união, anunciamos nossa separação formal. Essa decisão foi resultado de um consenso cuidadoso, fruto da nossa história e principalmente das nossas filhas. Nosso amor, amizade e admiração mútua não mudarão. Contamos com o respeito da imprensa e do público.”
Ronaldo passará o fim de ano em Punta del Este, no Uruguai, na companhia de amigos para poder ficar longe do ataque da mídia e dos holofotes.


Os barraqueiros do Ano



Em 2012, não faltaram barracos para ilustrar as colunas de fofoca e as conversas de salão. O ano teve direito a traição, filho fora do casamento, fogo cruzado entre dois apresentadores de TV, briga por herança e até agressão a um segurança. Vamos relembrar os famosos barraqueiros.

Hickmann  X  Galisteu

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Ana Hickmann e Adriane Galisteu brigaram, e muito, em 2012. Tudo começou quando Galisteu afirmou que Ana seria uma pessoa melhor quando engravidasse. Hickmann não gostou da declaração, retrucou, mas não desceu do salto. O marido de Ana, Alexandre Corrêa, no entanto, não foi tão sutil e detonou Galisteu, duvidando até de sua opção sexual


Rafinha X Huck

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Sempre polêmico, Rafinha Bastos atacou Luciano Huck em sua página no Facebook. No início de dezembro, o apresentador da Globo se recusou a fazer o teste do bafômetro numa blitz da Lei Seca e foi detonado por Rafinha, que chamou o marido de Angélica de “playboy inconsequente”. “Teatrinho falso na TV é sua especialidade”, disse Bastos. Após ameaça de processo, Rafinha pediu desculpas.


Relembre as tragédias naturais que marcaram o ano de 2012
Janeiro - Um desmoronamento de terra provocado pelas fortes chuvas atingiu a rodoviária de Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais (a 98 km de Belo Horizonte). Segundo a Polícia Militar, foi confirmada a morte de duas pessoas. Somente no Estado de Minas, 52 cidades ficaram em situação de emergência por conta de estragos provocados pelas chuvas.
Março - Um homem carrega seu cão de estimação Phoebe, após o animal ser resgatado em meio aos destroços de uma casa destruída por fortes ventos nos EUA. Tornados castigaram sete Estados do meio-oeste e do sul norte-americano, deixando mais de 30 mortos em Indiana, Kentucky, Ohio e Alabama (3/3/12)
Abril - Vista aérea mostra destruição do bairro Oaklawn em Wichita, Kansas (EUA), após fortes tornados atingirem vários Estados norte-americanos, deixando mais de 30 mortos em Indiana, Kentucky, Ohio e Alabama (14/4/12) 
Maio - Edifícios ficam destruídos na localidade italiana de Finale Emilia. Um terremoto de magnitude 5,9 abalou o norte da Itália. Pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas (20/5/12) 
Maio - O vulcão Popocatepetl, que fica no povoado de Xalitzintla, no México, expeliu fragmentos incandescentes a uma altura de até 800 metros acima do topo e formou uma nuvem densa de gases e cinzas (14/5/12
Agosto - O vulcão Tungurahua expeliu cinzas perto de Banos, no sul do Equador. Na ocasião, as autoridades equatorianas pediram aos moradores da região para deixar suas casas por conta do aumento da atividade do vulcão. Desde de 1999, o vulcão intercala períodos de intensa atividade com outros de relativa calma (21/8/12)
Agosto - Nuvem de poeira é visa em estrada após a passagem de um caminhão no local. A pista ficou coberta pelas cinzas do vulcão Togariro, na Nova Zelândia. O vulcão despertou depois de 115 anos inativo. As cinzas atrapalharam o tráfego aéreo no país e cobriram áreas residenciais e agrícolas (7/8/12)
Setembro - As erupções do vulcão Fuego, na Guatemala, obrigaram mais de 11 mil pessoas a deixar suas casas. A intensa atividade do Fuego chegou a gerar rios de lava de até 600 metros e espessas nuvens de cinzas, que bloquearam a visão nas imediações (14/9/12) 
Outubro - Parte sul de Manhattan ficou na escuridão durante a aproximação do furacão Sandy. Mesmo tendo virado tempestade, o fenômeno provocou fortes chuvas e ventos na região, causando a morte de mais de 80 pessoas nos EUA. A tempestade afetou cerca de 60 milhões de moradores, afirmou a empresa United States National Grid, que fornece energia ao país (29/10/12).
Dezembro - O tufão Bopha, o mais violento registrado na região das Filipinas, deixou 52 mortos e quatro desaparecidos no extremo sul do país, em uma região varrida por ventos e tempestades. O maior número de vítimas foi registrado em Nova Bataan, uma cidade inacessível na ilha de Mindanao (4/12/12).

Retrospectiva Corinthians: Um ano para entrar na história
 
O mundo não acabou em 2012. Mas passou a ter um novo dono. Na mesma temporada em que o Palmeiras foi outra vez rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Corinthians acabou definitivamente com as gozações dos seus rivais ao conquistar a Copa Libertadores da América e, de quebra, o Mundial de Clubes do Japão. Com o seu segundo título do torneio organizado pela Fifa, igualou-se ao poderoso Barcelona com o recorde de duas conquistas. Campeão brasileiro em 2011, o Corinthians já havia começado a temporada com discursos ambiciosos – apesar de apostar na manutenção da base do elenco vitorioso no ano anterior. A contratação de maior impacto foi a do chinês Chen Zizao – não por sua qualidade técnica, mas por se tratar de mais um ato de ousadia do departamento de marketing alvinegro, interessado em atrair a atenção do mercado consumidor da China. Para qualificar o elenco, o Corinthians trouxe ainda jogadores que seriam pouco aproveitados no decorrer de 2012, como o zagueiro Felipe, o meia Vitor Júnior e os atacantes Gilsinho e Elton (todos deixaram o Parque São Jorge antes do Ano Novo). Já Bill retornou de empréstimo – e foi mais um dos que raramente entraram no concorrido setor ofensivo corintiano. Adriano, com seus recorrentes atos de indisciplina, também não representaria uma ameaça para os titulares. Mas nem todas as contratações do Corinthians foram infrutíferas. O goleiro Cássio, por exemplo, chegou ao clube apenas para compor o grupo, já que o técnico Tite confiava no prata da casa Julio Cesar na posição. Terminou a temporada como um dos principais heróis nos títulos da Libertadores e do Mundial. Já o meia Douglas voltou do Grêmio com o Campeonato Paulista em andamento e, após perder peso, ganhou bastante importância na equipe.


Campeonato Paulista
Apesar de reconhecer que o seu principal objetivo obviamente era a Libertadores, o técnico Tite sempre tentou valorizar a disputa do Estadual. Ele não gostava nem sequer de usar os termos “preservar” ou “poupar” para definir as vezes em que dava descanso para alguns titulares, priorizando o torneio continental. Com essa mentalidade, o Corinthians fez o seu último teste para o Paulistão em um amistoso com o Flamengo, que acabou empatado por 2 a 2, em Londrina. Os gols alvinegros naquele 15 de janeiro foram marcados por Alex e Liedson – que enfrentaria longo jejum a partir de então.
A estreia no Campeonato Paulista ocorreu menos de uma semana depois, contra o Mirassol. O Corinthians mostrou aos seus 17.576 torcedores que foram ao Pacaembu naquela tarde como seria o ano de 2012: marcado por sofrimento, raça e vitórias apertadas. O time de Tite saiu atrás no placar, porém chegou à virada no segundo tempo, depois de o adversário ter um jogador expulso. O centroavante Elton, substituto do zagueiro Paulo André, marcou o gol de empate. E o zagueiro Dezinho anotou contra para assegurar o primeiro resultado positivo corintiano em 2012. Nos clássicos que o Corinthians disputou no Paulistão, um campeonato à parte, houve apenas uma derrota. Dentro do Morumbi, o ex-são-paulino Danilo anotou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo e ratificou o novo status que ganhara na equipe: de criticado à peça fundamental no esquema tático. O único tropeço ocorreu diante do Santos, por 1 a 0 (gol de Ibson), na reabertura da Vila Belmiro após reforma no gramado – Tite usou uma equipe mista na ocasião, preocupado com a Libertadores. Contra o até então invicto Palmeiras, que homenageava o falecido humorista Chico Anysio na partida disputada no Pacaembu, o Corinthians virou com Paulinho e Márcio Araújo (contra) depois de Marcos Assunção ter aberto o placar. Regular na fase classificatória do Paulistão (só perdeu para o Santos), o Corinthians avançou para a etapa seguinte com a primeira colocação. Totalizou 46 pontos, contra 43 do São Paulo, 39 do Santos, 36 de Guarani e Palmeiras, 35 do Mogi Mirim, 29 do Bragantino e 28 da Ponte Preta. A surpresa, contudo, estava por vir. Coube ao time alvinegro de Campinas, que vinha de derrota por 2 a 1 para os próprios corintianos na última rodada, eliminar a equipe dirigida por Tite.  Mesmo empurrado por sua torcida no Pacaembu, o Corinthians sofreu gols de Rodrigo Pimpão, Roger e Willian Magrão (que o clube já havia tentado contratar) e acabou derrotado por 3 a 2 – Alex e Willian balançaram a rede pelo lado corintiano. A desclassificação ficou marcada pelas falhas de Julio Cesar, que perderia a posição de titular para Cássio. Àquela altura, Adriano não estava mais no elenco. A diretoria se cansara de suas faltas e atrasos e rescindira o seu contrato por justa causa.

Libertadores 
O Corinthians mostrou o nervosismo que já lhe fora comum em jogos de Libertadores em sua estreia. Atuando na Venezuela, a equipe sofreu um gol bobo do modesto Deportivo Táchira na noite de 15 de fevereiro. Desta vez, no entanto, existia poder de reação. Aos 48 minutos do segundo tempo, o volante Ralf aproveitou uma jogada de bola parada para usar a cabeça e igualar a partida em 1 a 1. O resultado, mesmo sem ser uma vitória, foi encarado como tal e deu confiança para os atletas na sequência do torneio.Ainda na fase de grupos, o Corinthians superou o paraguaio Nacional (2 a 0 no Pacaembu, com gols de Jorge Henrique e Danilo, e 3 a 1 fora de casa, com outra vez Jorge Henrique, Emerson e Elton balançando as redes) e o mexicano Cruz Azul (0 a 0 como visitante e 1 a 0 como mandante, com Danilo anotando) para garantir a primeira colocação da chave 6. O representante do Brasil somou 14 pontos, contra 11 do também classificado time do México. O último jogo na primeira etapa foi a única grande goleada dos aplicados comandados de Tite na etapa inicial do torneio: 6 a 0 sobre o Deportivo Táchira. O oponente nas oitavas de final foi o Emelec. No Equador, o Corinthians enfrentou uma arbitragem bastante contestada para segurar um empate sem gols. No retorno ao Brasil, um irritado presidente Mário Gobbi cobrou a Conmebol duramente e chegou a dizer que o Campeonato Paulista tinha mais valor do que a Libertadores. Mais tarde, ele reconheceria que o discurso era uma estratégia para desviar o foco e impor respeito. De qualquer forma, não houve problemas para garantir a vaga nas quartas no Pacaembu: 3 a 0, com gols de Alex, Paulinho e Fábio Santos.Os confrontos seguintes seriam mais sofridos para o Corinthians, que repetiu a postura adotada contra o Emelec para segurar um 0 a 0 com o Vasco em São Januário, em um gramado com más condições de jogo. No Pacaembu, o goleiro Cássio comprovou que Tite acertara ao escalá-lo como titular já diante do Emelec, na fase anterior, após as falhas de Julio Cesar no Campeonato Paulista. O novo dono da posição fez uma defesa antológica diante do meia Diego Souza, que avançava livre de marcação após falha de Alessandro. O gol da vitória por 1 a 0 foi marcado por Paulinho, de cabeça, que comemorou com a torcida – onde estava o seu treinador, expulso.Os duelos contra o Santos, nas semifinais, foram vistos por muitos como o confronto de um conjunto ajustado, sem individualidades, contra um time que contava com uma grande estrela – Neymar. Quem brilhou na Vila Belmiro, no entanto, foi Emerson Sheik, autor do único gol do jogo. O atacante corintiano não pôde ir a campo na volta, no Pacaembu, por ter recebido o cartão vermelho. Ainda assim, o Corinthians eliminou o seu rival, que estava em meio às comemorações de centenário, com um empate por 1 a 1. Danilo igualou o marcador depois de Neymar dar falsas esperanças aos santistas.O Corinthians finalmente chegara à sua primeira decisão de Libertadores. O adversário era o temido Boca Juniors. O time argentino, entretanto, não foi páreo para a determinação de Tite e seus atletas. O iluminado e recém-chegado Romarinho teve extrema tranquilidade para pisar no gramado no segundo tempo e anotar o gol da igualdade por 1 a 1 em La Bombonera lotada. O resultado trouxe otimismo para a volta em São Paulo. Emerson Sheik assumiu para si a catimba dos argentinos no Pacaembu, provocou seus rivais e entrou para a história com os gols da vitória por 2 a 0. Era a libertação alvinegra.A partir de então, 2012 já estava na história do Corinthians – seja qual fosse o resultado no Mundial de Clubes. Mas ainda havia mais por vir.

Campeonato Brasileiro
Atual campeão, o Corinthians abdicou do Brasileirão em suas primeiras rodadas para realizar o antigo sonho de ser campeão da América. A postura rendeu cinco tropeços seguidos nos compromissos iniciais (derrotas para Fluminense, Grêmio e Ponte Preta, além de empate com o Figueirense) e praticamente tirou a chance de o time lutar pelo hexacampeonato nacional. Contra os titulares do Palmeiras, porém, os reservas corintianos deram conta do recado. Romarinho, vindo do Bragantino, caiu nas graças da torcida ao fazer os gols da vitória por 2 a 1.Mas o Brasileirão só começou para o Corinthians, de fato, após a Libertadores. Àquela altura, Tite já dizia que o mais importante era manter o foco, afastar qualquer ameaça de rebaixamento – o que o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil, não conseguiu executar – e testar mudanças em sua equipe para o Mundial de Clubes. Afinal, o elenco sofrera uma leve reformulação. Liedson, com desempenho bem abaixo do esperado, foi para o Flamengo e cedeu espaço para a chegada do peruano Paolo Guerrero, com longa passagem pela Alemanha. Já o argentino Martínez veio do Vélez Sarsfield para ocupar o lugar do negociado Willian. No meio-campo, Douglas herdou a vaga que era de Alex. Na zaga, sem Leandro Castán e o novato Marquinhos (ambos foram para a Roma), Paulo André ganhou a oportunidade que tanto aguardava. A nova composição corintiana não decepcionou, apesar de estar muitas vezes desfalcada de alguns dos heróis da Libertadores. Os atacantes Emerson e Jorge Henrique, por exemplo, passaram a ser assíduos frequentadores do departamento médico alvinegro. Sem a dupla, o Corinthians fez boa campanha no segundo turno e começou até a incomodar alguns dos postulantes ao título brasileiro. Tite se permitiu agradar a dirigentes e torcedores e enfim promover a estreia de Chen Zizao. O chinês jogou na derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, em 17 de outubro, no Estádio Melão. E até arriscou uma pedalada após substituir Weldinho naquela partida. Com uma sequência de bons resultados, o Corinthians deixou de se preocupar com uma vertiginosa queda à zona de rebaixamento e voltou as suas atenções exclusivamente à preparação para o Mundial de Clubes. Tite pretendia encontrar uma definição para o seu ataque, uma vez que não restava nem uma dúvida sequer no sistema defensivo (bem armado com Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André, Fábio Santos, Ralf e Paulinho).
Nas duas rodadas finais, o Corinthians disputou dois clássicos no Pacaembu. Empatou por 1 a 1 com o Santos como mandante, com gol do zagueiro Wallace – seu primeiro pelo clube. E perdeu por 3 a 1 para os reservas do São Paulo como visitante. Para piorar, Guerrero, que havia aberto o placar, lesionou o joelho direito no jogo, que foi usado como alerta por Tite antes do Mundial. Sua equipe encerrou a campanha no Campeonato Brasileiro na sexta colocação, com 57 pontos ganhos, atrás apenas do campeão Fluminense (77) e de Atlético-MG (72), Grêmio (71), São Paulo (66) e Vasco (58).


Mundial de Clubes

Terminado o Brasileirão, o Corinthians estava pronto para aquilo para que se preparava desde o fim da Libertadores. A torcida se mostrou tão – ou mais – entusiasmada quanto o time de Tite. Aproximadamente 15.000 pessoas foram se despedir do representante brasileiro no Mundial de Clubes no Aeroporto de Cumbica. No Japão, outros milhares aguardavam a equipe.
Após uma rápida e estratégica passagem por Dubai, para minimizar os efeitos do fuso horário, o Corinthians chegou a Nagoya para treinar. O adversário na estreia foi o egípcio Al Ahly, em Toyota. O time de Tite fez um bom primeiro tempo e chegou ao gol com uma cabeçada de Guerrero, após cruzamento de Douglas. Na segunda etapa, contudo, a equipe recuou demais e foi bastante pressionada pelo adversário.
Conforme esperado, o Corinthians encontrou o Chelsea (que bateu o mexicano Monterrey por 3 a 1) na decisão do Mundial. O campeão da Libertadores entrou em campo cem Yokohama com o seu tradicional uniforme alvinegro – para incômodo de alguns torcedores, havia também um logotipo verde (cor do Palmeiras) da Fifa na manga da camisa. O estádio, entretanto, era todo preto e branco. Os ingleses ficaram impressionados com o apoio recebido pelos brasileiros do outro lado do mundo.
Para derrotar o Chelsea, Tite escalou o atacante Jorge Henrique no lugar de Douglas, reforçando a sua marcação. Do outro lado, o técnico Rafa Benítez apostou em uma formação ofensiva e deixou o brasileiro Oscar no banco de reservas. O resultado foi um primeiro tempo equilibrado. No segundo, o peruano Paolo Guerrero entrou para o rol de ídolos do Corinthians ao colocar a bola na rede com uma cabeçada certeira – justo ele, que havia tomado infiltrações para poder jogar o Mundial.
Mas Guerrero não foi o único herói do compacto Corinthians em solo japonês. O goleiro Cássio até o superou, segundo a Fifa, com grandes defesas que renderam o prêmio de melhor jogador do Mundial. A força corintiana, contudo, ainda era o conjunto. Tite e todos os seus jogadores foram novamente reverenciados no retorno ao Brasil, com direito a trio elétrico com o cantor Thiaguinho e muitas provocações a rivais. Foi o último ato de um ano para entrar na história.


Fluminense, campeão brasileiro de 2012 : tetra garantido com folga


Fred do Fluminense comemora o título após partida entre Palmeiras e Fluminense, válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro

O Fluminense foi  campeão brasileiro pela quarta vez. Com uma campanha irretocável, a equipe carioca assegurou a conquista do título nacional com três rodadas de antecipação, ao vencer, fora de casa, o Palmeiras: 3 a 2, com gols de Fred (duas vezes) e Maurício Ramos, que fez contra. Barcos e Patrick Vieira marcaram para os paulistas. O gol decisivo veio só aos 42 minutos do segundo tempo - o Flu tinha marcado 2 a 0, mas o Palmeiras havia empatado.  Ao conquistar a taça, o Flu aumenta sua galeria de conquistas - já tinha sido campeão nacional em 1970, 1984 e 2010. A pontuação da equipe até aqui é uma das melhores já registradas no torneio, o que mostra que a taça está em ótimas mãos - apesar das queixas dos adversários sobre várias partidas em que a equipe carioca foi beneficiada por erros da arbitragem, o clube das Laranjeiras foi claramente o melhor da competição. O título nacional é o triunfo das defesas seguras de Diego Cavalieri, da garra dos zagueiros Leandro Euzébio e Gum, do fôlego dos laterais Bruno e Carlinhos, da aplicação dos volantes Edinho e Jean. É também a consagração da inteligência tática de Deco, da versatilidade de Thiago Neves, da velocidade de Rafael Sobis e Wellington Nem e, claro, dos gols - muitos deles, de todas as formas possíveis - do artilheiro Fred. 

 

3 comentários:

Carlos disse...

Muito boa a Retrospectiva do Blog

Romário disse...

Gostei da Retrospectiva,parabéns ao Blog !

Rosangela disse...

Faltou a reeleição do Obama, tirando isso achei que fiou muito boa !

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